sexta-feira, 12 de junho de 2009

Socialização das crianças



Cada vez mais vamos notando uma mudança nos hábitos das crianças, quer a nível comportamental, quer a nível social.
Nos finais da década de 70 e até meio dos anos 80 as crianças brincavam na rua, jogavam aos tradicionais jogos, a “macaca”, as meninas ao “elástico” e saltar à corda, os rapazes ao “pião” ao “espeta” e ao “carolo”, enfim uma série de brincadeiras em que todos participavam.
Era aí que se faziam as grandes amizades, quase sempre para a vida toda, o primeiro namoro surgia por vezes nessas alturas.
Hoje em dia com o advento das novas tecnologias, que começou com o aparecimento dos primeiros jogos de computador, em que o primeiro foi o famoso ZX Spectrum depois com as primeiras consolas de jogo ligadas à TV com o “Tetris”, “Pacman”, etc., mais tarde com o aparecimento dos primeiros PC’s vieram os primeiros jogos para o sistema operativo DOS e a partir daí foi sempre a inovar até se chegar aos jogos “online”, quer em PC quer em Consola, onde se joga com adversários de qualquer parte do planeta, basta uma ligação à net .
Cada vez menos se vê um grupo de pré-adolescentes em brincadeiras na rua. (as novas cidades de betão e falta de espaço têm um pouco de culpa).
Mesmo na escola cada vez mais há a tendência ao isolamento, pois se os PC’s na escola são um bem necessário, servem também para isolar os alunos, deixa de haver o convívio que havia aqui à uma década.
Onde iremos nós parar num futuro próximo?
É certo que se a Internet veio aproximar as pessoas dos vários continentes, que a informação se faz duma maneira mais rápida, mas onde fica a parte social das crianças? cada vez mais cedo elas têm acesso ao PC, e a partir daí começa a “dependência” do mesmo.
Já não se conhece pessoalmente o vizinho da rua ou o colega da escola, mas fala-se com ele no MSN ou nos Chats, muitas vezes perigosos, com casos já amplamente divulgados nos média.
Irá esta nova geração tornar-se nos “Ermitas” do futuro?, isolados do mundo, pois hoje em dia tudo se faz à distância dum click, movimentos bancários, compras (até de supermercado e farmácia), já não se necessita sair para fazer quase nada.
Há que pensar hoje no futuro que queremos para as gerações seguintes…